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Guia completo para comprar desfibrilhadores automáticos

Tempo de leitura: 6 min

 

Sabia que, em 2023, cerca de 10 mil portugueses sofrem uma paragem cardiorrespiratória súbita por ano fora dos hospitais? Conforme dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), apenas 16% sobrevivem, sobretudo quando o acesso a um desfibrilhador automático externo é tardio. Para empresas e instituições, esta realidade representa responsabilidade, risco e oportunidade real de salvar vidas — bem como de cumprir com as obrigações legais.

Este guia prático explica como elaborar uma RFP (Request for Proposal) rigorosa para aquisição de desfibrilhadores automáticos externos, garantindo critérios objectivos, oferta competitiva e alinhamento com a legislação em vigor.

desfibrilhadores DAE

Importância dos desfibrilhadores automáticos externos

Valor para a segurança e saúde pública

Os  desfibrilhadores automáticos externos são equipamentos essenciais na resposta a situações de emergência cardíaca, nomeadamente à fibrilhação ventricular, frequentemente causa de morte súbita. Segundo dados do Conselho Português de Ressuscitação publicados em fevereiro de 2025 (fonte: sociedadecientificacpr.pt), a utilização precoce de um DAE pode duplicar as hipóteses de sobrevivência após paragem cardiorrespiratória.

O acesso imediato ao desfibrilhador e a facilidade de uso — mesmo por leigos, graças às instruções visuais e sonoras — são cruciais em espaços públicos, empresas, instalações desportivas e parques industriais. A adoção massiva destes equipamentos contribui significativamente para a redução do tempo de resposta, potenciando a cultura de segurança e responsabilidade social das organizações.

  • Redução do tempo de intervenção: cada minuto sem desfibrilhação reduz em 10% a probabilidade de sobrevivência (fonte: INEM, relatório anual 2024).
  • Facilidade de manuseamento: os equipamentos actuais requerem apenas formação básica, permitindo intervenção rápida a qualquer adulto formado.

Ao dotar as suas instalações com desfibrilhadores automáticos externos, as empresas não só cumprem recomendações oficiais como aumentam a confiança de colaboradores, clientes e visitantes.

Programa nacional de desfibrilhação automática externa

Em Portugal, o programa nacional de desfibrilhação automática externa está regulamentado pela Portaria n.º 258/2018, de 13 de setembro, e pelo Decreto-Lei n.º 188/2009, alterado pelo Decreto-Lei n.º 184/2012, visando normalizar a implementação destes equipamentos em espaços públicos e privados. De acordo com o artigo 2.º da referida Portaria (actualizada em 1 de janeiro de 2025; consultar dgs.pt), é obrigatória a existência de DAE em locais com elevado fluxo de pessoas, como centros comerciais, aeroportos ou infraestruturas desportivas.

O programa nacional de desfibrilhação automática externa estabelece requisitos para instalação, formação dos recursos humanos e manutenção dos equipamentos, promovendo a integração dos desfibrilhadores na cadeia de sobrevivência. As entidades empregadoras, ao aderirem a este programa, beneficiam de enquadramento legal claro e demonstram compromisso activo com a responsabilidade social e a saúde pública.

Componentes essenciais de uma RFP para DAE

Caderno de encargos: definição e estrutura

O caderno de encargos é o documento base de qualquer RFP para desfibrilhador automático externo. Este deve contemplar especificações técnicas (energia de choque, deteção automática, autonomia de bateria), requisitos legais (marcação CE, conformidade com as normas EN 60601-2-4:2021 e EN ISO 13485:2022; fonte: eur-lex.europa.eu), condições de operação (temperatura, humidade, transportabilidade) e obrigações de pós-venda.

Exemplo prático: uma empresa de logística com 200 colaboradores pode exigir que cada desfibrilhador automático externo inclua:

  • Instruções de utilização em português (com pictogramas visuais)
  • Autodiagnóstico programável
  • Capacidade de funcionamento entre -5ºC e 50ºC
  • Relatório digital para histórico de uso

Além destas condições técnicas, deverão ser especificados critérios mínimos de garantia (geralmente 5 anos para o dispositivo e 2 anos para baterias e eléctrodos, conforme práticas actuais reportadas por fornecedores como Zoll Medical, Philips ou Physio-Control em março de 2025).

Grelha de avaliação: critérios e ponderação

Uma grelha de avaliação bem estruturada é essencial para garantir objectividade na comparação das propostas de fornecedores. Em Portugal, recomenda-se distribuir a ponderação entre critérios como:

  • Preço global (30%): Incluindo custos de aquisição, manutenção e consumíveis até ao fim da garantia.
  • Funcionalidades (30%): Energia de choque ajustável, frequência de autodiagnóstico, integração com plataformas digitais.
  • Facilidade de uso (20%): Simplicidade das instruções, visualização dos comandos, portabilidade.
  • Serviço pós-venda e suporte técnico (20%): Formação inicial, tempos de resposta, disponibilidade de peças de substituição.

Por exemplo, em fevereiro de 2025, a empresa Delta Cafés utilizou uma grelha semelhante para adjudicação de 30 DAE, tendo privilegiado a função de conectividade remota dos novos modelos Zoll AED 3. A clareza destes critérios reduz riscos de adjudicação e facilita a tomada de decisão transparente.

Tendências e evolução na aquisição de DAE

Inovações tecnológicas nos DAE

O mercado dos desfibrilhadores automáticos externos evoluiu significativamente nos últimos anos, com as referências mais recentes apresentando:

  • Conectividade remota: os equipamentos podem ser monitorizados à distância quanto ao estado da bateria e dos eléctrodos (por exemplo, Zoll AED 3 e Physio-Control Lifepak CR2, ambos lançados em 2024).
  • Sensores adaptativos: função de deteção automática do utilizador, que ajusta volume e tipo de instruções de acordo com ruído ambiente.
  • Relatórios digitais automáticos: integração com sistemas de gestão de saúde e segurança ou envio automático do evento para os serviços de emergência médica.

Segundo o estudo Europe Automated External Defibrillator Market Size de março de 2025 (fonte: Market Data Forecast), espera-se que 54% dos DAEs adquiridos em Portugal nesse ano já apresentem pelo menos duas destas inovações.

Evolução das normativas e regulamentos

A legislação europeia e portuguesa evoluiu para garantir segurança, interoperabilidade e qualidade dos equipamentos. O Regulamento (UE) 2017/745 sobre dispositivos médicos, em vigor desde 2021, é aplicável a todos os desfibrilhadores automáticos externos comercializados em Portugal, devendo apresentar marcação CE e documentação técnica completa.

A atualização da Portaria n.º 258/2018 (1 de janeiro de 2025) reforça a obrigatoriedade da manutenção periódica e do registo dos dispositivos junto da Direção-Geral da Saúde (DGS). As empresas devem atentar ainda à obrigatoriedade legal de formação dos utilizadores (mínimo 6 horas, renovável a cada 2 anos) conforme definido pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 184/2012.

Tabela comparativa de fornecedores de DAE e funcionalidades chave (março de 2025)

FornecedorModeloPontos fortesPontos fracosPreço (unidade, €)Suporte técnico
Zoll Medical AED 3 Conectividade Wi-Fi, instruções linguísticas, bateria de longa duração Custo superior 1 450 – 1 800 24/7, formação incluída
Philips HeartStart FRx Robustez, simplicidade de uso, manutenção fácil Sem conectividade remota 1 200 – 1 500 Hotline nacional, kit pós-venda
Physio-Control Lifepak CR2 Relatório automático, sensores adaptativos Manual técnico complexo 1 600 – 2 000 Formação online disponível
Cardiac Science Powerheart G5 Autoanálise diária, dupla linguagem Carregamento lento da bateria 1 100 – 1 400 Assistência presencial

Comparando ofertas de março de 2025, é possível constatar que os preços variam entre 1 100€ e 2 000€ por unidade, dependendo do modelo, das funções e do serviço de formação incluído (fonte: Equipamed, MedicalShop, catálogo actualizado).

Síntese e recomendações práticas

Adquirir um desfibrilhador automático externo para a sua empresa é uma decisão estratégica com impacto directo na segurança e no cumprimento legal. Para garantir uma RFP eficaz, siga estas etapas:

  • Defina rigorosamente os requisitos técnicos e legais no caderno de encargos (conformidade, funcionalidades, manutenção).
  • Elabore uma grelha de avaliação clara, ponderando custos, eficiência, simplicidade de utilização e suporte técnico.
  • Considere as inovações disponíveis e antecipe necessidades futuras (monitorização remota, relatórios digitais, integrações com sistemas empresariais).
  • Consulta as obrigações legais actualizadas e escolha parceiros certificados e com experiência no mercado nacional.

Em 2025, segundo o INEM, empresas que investiram em soluções robustas e formação certificada registaram uma resposta até 30% mais eficiente em simulação de emergências reais. Assim, o seu processo de aquisição não só cumpre normas, como valoriza o capital humano.

  • Inclua sempre um plano de formação recorrente para os colaboradores destacados para operar o DAE.
  • Verifique a garantia, o custo dos consumíveis (baterias e eléctrodos) e os canais de suporte técnico.
  • Solicite orçamentos comparativos, incluindo demonstrações práticas dos equipamentos.

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