• Save time and money by letting us do the legwork for you

  • We will look at the most suitable and competitive providers for you

  • Our expert service is 100 free with no-obligation

  • Get the options to make an informed decision and get the best deal

Como a legislação está influenciando o uso de desfibriladores em empresas

Tempo de leitura: 3 min

A paragem cardiorrespiratória é uma das principais causas de morte súbita no local de trabalho. A presença de Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) nas empresas pode ser crucial para salvar vidas. Este artigo explora como a legislação portuguesa está moldando o uso de DAEs nas empresas, destacando os benefícios, desafios e orientações práticas para conformidade.

Contexto legislativo

Legislação atual sobre os DAEs em Portugal

Em Portugal, a regulamentação sobre a obrigatoriedade de DAEs é estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 184/2012, de 8 de agosto, que aprova o regime jurídico da utilização de desfibrilhadores automáticos externos. Este decreto determina que determinados locais públicos e privados, com elevada afluência de pessoas, devem dispor de DAEs. As empresas que operam em setores específicos, como transportes públicos, centros comerciais e instalações desportivas, estão incluídas nesta obrigatoriedade.

Inspirações internacionais

Em países como os Estados Unidos e na União Europeia, a legislação sobre DAEs é mais rigorosa. Nos EUA, a Lei de Acesso Público ao DAE incentiva a instalação desses dispositivos em locais públicos e empresas. Na França, desde 2020, todos os estabelecimentos que recebem público são obrigados a possuir um DAE. Comparativamente, Portugal está alinhado com as melhores práticas internacionais, implementando regulamentações abrangentes para a utilização de DAEs.

Impactos da legislação nas empresas

Vantagens

  • Melhoria da segurança: A presença de DAEs aumenta significativamente as chances de sobrevivência em casos de paragem cardíaca, protegendo funcionários e clientes.
  • Redução de responsabilidades legais : Estar em conformidade com a legislação pode minimizar riscos de processos judiciais decorrentes de incidentes no local de trabalho.

 Desafios

  • Custos : A aquisição de um DAE pode variar entre 1.000€ e 2.000€, além dos custos de manutenção e substituição de componentes, como baterias e elétrodos.
  • Formação : A legislação frequentemente exige que um número mínimo de funcionários seja treinado em reanimação cardiopulmonar (RCP) e no uso do DAE, implicando em investimentos em formação.
  • Conformidade e inspeção : As empresas devem garantir que os DAEs estejam em conformidade com as normas técnicas e que sejam submetidos a inspeções regulares, o que pode requerer recursos adicionais.

Implementação prática para as empresas

Como se conformar à lei

  • Processo de instalação : Identificar áreas de grande circulação para a instalação dos DAEs, garantindo fácil acesso e sinalização adequada.
  • Escolha de fornecedores : Optar por fornecedores certificados que ofereçam suporte técnico e garantias, assegurando a qualidade e a conformidade dos dispositivos.

Formação e sensibilização

A formação das equipas é essencial para garantir a eficácia dos Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) nas empresas. É fundamental que os colaboradores recebam cursos de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e uso de DAE, assegurando que há pessoal capacitado em todos os turnos. Em Portugal, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem desempenhado um papel crucial na formação de profissionais em Suporte Básico de Vida (SBV) e DAE. Desde 2019, foram realizadas 33 formações em SBV+DAE, capacitando 155 profissionais de saúde, e 24 formações em SBV, formando 200 profissionais de outras áreas.

Custos e subsídios

O custo médio de formação em Suporte Básico de Vida (SBV) e uso de DAE para cada funcionário ronda os 100 euros. Este valor pode variar consoante a entidade formadora e a localização geográfica. Adicionalmente, a manutenção anual dos DAEs é essencial para garantir o seu correto funcionamento, incluindo a substituição de consumíveis como baterias e elétrodos, bem como verificações técnicas periódicas.

Para apoiar as empresas neste investimento em segurança, algumas autarquias e entidades governamentais oferecem incentivos fiscais ou subsídios. Por exemplo, o Programa Qualifica Indústria, lançado pelo Governo Português, visa promover a manutenção dos postos de trabalho e prevenir o risco de desemprego em empresas com quebras na faturação iguais ou superiores a 25% num trimestre. Este programa apoia a qualificação e requalificação dos trabalhadores, contribuindo para a melhoria e da competitividade das empresas e da economia.

A legislação portuguesa tem desempenhado um papel fundamental na promoção da segurança cardíaca no ambiente empresarial. Embora a implementação de DAEs represente um investimento, os benefícios em termos de segurança e conformidade legal superam os desafios. As empresas que adotam essas medidas não apenas cumprem a legislação, mas também demonstram um compromisso com a saúde e o bem-estar de seus colaboradores e clientes.